Vivemos tempos de separação. Joio do trigo. Joio, semeado pelo inimigo, nas vastas plantações de trigo. Este fato impede o crescimento do cereal? Sim e não. Para ser sim, basta contaminar a existência com o materialismo de sustento imperialista, e este vai desde se vestir, alimentar, até ter prazer momentâneo, e criar a falsa sensação de que se for sempre assim, está ótimo. Assim o trigo será sufocado, e a plantação fracassada será justificada por uma praga. Uma praga justificando os erros? Não creio que isso seja viável. Para ser não, o cultivo é mais árduo. Vigilância diuturna sobre atos e fatos. Quando o trigo é novo, o joio é idêntico a ele na plantação. Mas para um bom observador que percebe que este sempre está verde, enquanto o seu trigo amadurece, ficando dourado e reluzente, acende o alerta da contaminação.
Este exemplo do joio e do trigo, serve para o nosso cotidiano. Para nossa sociedade. Para as nossas vidas em particular. A falsa impressão da juventude física eterna, escravizando a sociedade que persegue os padrões de beleza ocidentais, faz com que as atenções se voltem exclusivamente ao externo.
Observa-se que em muitas pessoas, a beleza não é exterior. Esta vem de dentro do ser. Quantas vezes não flagramos pessoas comentando que fulano e fulana possuem uma beleza interior nata, que as transforma também em pessoas bonitas por fora. E é nesta situação que se pergunta: poderemos nós, seres corpóreos da matéria, atingirmos uma longevidade física, a ponto de um dia ser para sempre? Para sempre não. Com certeza uma longevidade temporal, diferente dos padrões atuais sim. É só compararmos não mais que 50 anos atrás. A média de vida do ser humano era aproximadamente de 57 anos. Hoje é 87 anos. Não resta dúvida que com o passar dos anos, a atual expectativa, em 50 anos a frente, possa realmente ultrapassar os 120 ou 130 anos de vida corpórea. Mas e o nosso espírito imortal, precisa de um corpo que dure tanto, ou até mais? Uma pergunta que exige análise espiritualista profunda.
Chico Xavier, em muitos dos seus trabalhos e entrevistas, clarificou bem esta situação. Com o avanço moral e espiritual da humanidade, conseguindo passar pelo estágio evolutivo da expiação para a regeneração, a ciência vai conseguir atingir um nível no qual as patologias atuais da matéria, que na maioria das vezes são reflexos do corpo astral no físico, serão totalmente extintas. Mas está intrínseco dentro desta previsão a evolução moral e espiritual do ser. O que precisa ser entendido é que a matéria, corpos físicos sempre existirão, pois é na encarnação que as almas necessitam ter experiências para sua evolução e aprendizado, mas quando a humanidade atingir a longevidade física, já estará no planejamento sideral quais são os espíritos designados para essa forma de vida corpórea. Sem a dor da doença e a ameaça da velhice, e o mais fascinante, o ser ter a oportunidade, através do seu livre arbítrio, de abandonar aquele corpo, pois os corpos espirituais também necessitam abandonar o adensamento material, para outras tarefas nas esferas que ainda continuarão mais elevadas.
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